quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Crack. O que fazer no coletivo?

Chocante. Série de matérias do Jornal da Globo trouxe a realidade do uso de crack em Paranavaí.
O local pouco importa, mas é em espaço público, central, nas imediações das secretarias municipal de educação e de assistência social - que ironia.
A reportagem está nos blogues do Rudiney, do Joaquim de Paula e no Noroestão.
Os mais apressados pedem policiamento. A polícia não é o principal elo desse problema. Sua tarefa é prender os traficantes.
Mas os usuários? Quem e como serão acolhidos?
Para mim, neste momento eleitoral, me parece ser o CODEP - Conselho de Desenvolvimento de Paranavaí a instituição capaz de reunir todas as chamadas forças vivas da cidade, para debater e ir ao encontro de ver-da-dei-ras e du-ra-do-u-ras soluções!

3 comentários:

Anônimo disse...

Valmir,

Concordo plenamente que o tema é chocante, apesar de ser velho conhecido de grande parte da população de Paranavaí que passa pelo terminal.
No entanto gostaria de contribuir com a discussão, fazendo algumas observações sobre a matéria da Globo:

1º) As cenas bucólicas do bairro deixaram parecer que se fuma crack em todo o lugar, descaradamente. Quando na realidade o local em que o usuário aparece é o terminal. Quem conhece rodoviárias e terminais urbanos de outras cidades sabe que a concentração de drogados, prostitutas e travestis é uma marca do local.
2º)Tive dúvida sobre o tamanho da plantação de mandioca e consultei um produtor. Bingo. Não se faz capina nesta fase da lavoura segundo ele.
3º) O número de bóias-frias, cinco ou seis, não é muito pequeno para o trabalho da roça? Quem entende do assunto achou armação descarada.
4º) As cenas de usuários usando drogas no terminal tentam mostrar que isso acontece a luz do dia, quando na realidade o uso se intensifica à noite.

Não estou aqui querendo dizer que o problema não existe, só questionando a forma como isso foi mostrado.

Praxedes

Valmir Trentini disse...

Praxedes,
grato pelo olhar investigativo que só os bons jornalistas tem e vc expõe aqui.
O problema, como aliás vc reforça, não pode ser deixado de lado.

Anônimo disse...

concordo com o broxedes. Mas como ele mesmo sabe, a tv precisa de imagens, como o jornal, e as vezes o cinegrafista ou fotografo pedem para as pessoas "criarem" as fotos. O famoso "finge que está assinando o documento".