sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Podemos ter eleições ilimitadas para Presidente, Governadores e Prefeitos?

Fiz duas reflexões, que estão abaixo. Opine.

Ou o Brasil cria regra única - todos os mandatos com direito a reeleição ilimitada, com a exigência de se licenciar por 6 meses do cargo antes da disputa - uma vez que hoje para o poder legislativo(senadores, deputados e vereadores) essa regra existe (e sem licença do cargo para as disputas), ou também torna os cargos desse poder limitados a uma reeleição, como ocorre para Presidente, governadores e prefeitos. E o poder judiciário? Seus membros também não deveriam se submeter a eleição. E a sociedade civil, nas ONGs, OSCIPs, Conselhos disso e daquilo? Muitos que criticam, nas instituições que participam, se valem dessas condições de reeleição. Não se encontrou nada mais democrático que o voto popular para manter ou retirar qualquer agente público de uma função. Ainda não.


Vamos parar de hipocresia? A reeleição ilimitada já está presente nos mandatos de vereadores, deputados e senadores, portanto, todo o Legislativo.
o PT diz que não tá mas tá doidinho para essa reeleição. Como estava o PSDB. Vamos dar direito a reeleição e deixar nas mãos do povo sua decisão. O restro é balela oportunista.

"O jornal é o jornal e o político é o seu profeta"

Reflitamos sobre este texto de Carlos Heitor Cony.

"DOIS TEXTOS de Balzac que poderiam ser considerados marginais, "Monografia da Imprensa Parisiense" e "Os Salões Literários", seriam obras circunstanciais e menores de qualquer outro autor, não fosse esse autor o responsável pelo maior monumento literário da humanidade.
Produzidos nos meados do século 19, no tumulto da maior realização romanesca da literatura universal, os dois trabalhos bem que poderiam figurar como apêndice de "A Comédia Humana". Diferem da colossal galeria de tipos e situações que criaram o primeiro e articulado estudo da sociedade humana. Mas revelam o mesmo sopro avassalador que fez de Balzac o autor único de um único gênero: o painel que pretendia ser apenas literário, mas foi considerado por Marx como obra além da literatura, criadora do embrião que geraria a moderna sociologia.
Temos aqui o Balzac puro, autêntico, anedótico quase. Não o artista de tantas obras-primas que marcaram a ficção do seu século, mas o homem sangüíneo e rude, esbanjando inteligência e cólera, personificando o panfletário que ele mesmo define; "O verdadeiro panfleto é obra do mais alto talento, se todavia não for o grito do gênio".
O tema escolhido é a imprensa -da qual ele pinçou personagens e situações que persistem na mídia do início do século 21. Tal como em "A Comédia Humana", que permanece como o estudo mais completo da sociedade de seu tempo, seu mergulho na imprensa parisiense do século 19 pode parecer obra de um genial mistificador contemporâneo que retrata a imprensa de hoje com o disfarce -permitido na literatura- de outro cenário a ser atribuído a outro autor.
"Nos jornais da situação, alguns redatores têm um futuro: tornam-se cônsules-gerais nas paragens mais distantes, são nomeados secretários de ministros, ou cumprem outras missões oficiais; enquanto que aqueles da oposição só têm como asilo as academias de ciências morais e políticas."
"As coisas mais interessantes, os grandes e pequenos artigos, tudo se torna uma questão de paginação entre meia-noite e uma hora da manhã, a hora fatal dos jornais, hora na qual as notícias aparecidas no início da noite exigem destaque."
"Com os anúncios tomando um quarto da edição, com as amenidades ocupando um quarto do que resta, os jornais não têm espaço." "Se há um concorrente para o mesmo posto e alguém quer ser nomeado para ele, pode impedir a nomeação do rival fazendo badalar a sua por todos os jornais."
"O jornal é o jornal e o político é o seu profeta. Ora, os profetas são profetas muito mais por aquilo que eles dizem do que por aquilo que eles disseram. Não há nada mais infalível do que um profeta mudo."
"Todo crítico é um autor impotente. (...) A crítica se tornou uma espécie de alfândega para as idéias." "O redator de amenidades vive nas folhas como um verme na seda. Se queixa como os sultões de ter prazer demais." "Para o jornalista, tudo o que é provável é verdadeiro."
Seria o caso de perguntar se algum ressentimento pessoal guiou a mão famosa que emergia daquele burel que ainda se pode ver no museu Balzac, em Paris.
É possível que, tal como Marcel Proust no início do século seguinte, Balzac tivesse suas queixas. Contudo, o próprio Proust, cuja genialidade deve ser comparada à sua, enquadra-se em alguns dos tipos esboçados meio século antes.
Se houve ressentimento, independentemente de seu grau e oportunidade, não vem ao caso. Para quem traçou com pinceladas igualmente vigorosas o imenso mural da sociedade, captando a unidade na variedade da condição humana, não importam as motivações que o levaram a ser tão cáustico.
Ele via o homem de um posto de observação privilegiado. Distribuía carapuças como o dono do galinheiro distribui milho às galinhas: enchendo a mão de grãos e jogando aqui e ali, que cada qual bicasse de acordo com a sua fome.
Sua meta não era moral. Transcendia ao interesse ético, religioso, político ou social. Era observador da comédia da qual também era personagem, testemunha e cúmplice. Daí um de seus axiomas: "Se a imprensa não existisse, seria preciso não inventá-la". (Prefácio para a edição de "Os Jornalistas", de Honoré de Balzac, Ediouro.)"

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Che x Veja

Che Guevara
Uma aula de história deve servir para desconstruir mitos.
Claudio Recco

Um mito se descontrói com uma grande reflexão sobre seu papel na história, percebendo o contexto em que viveu e qual importância teve para as principais transformações que ocorreram em sua época.
Um mito se desconstrói analisando as condições objetivas em que suas ações ocorreram, compreendendo as forças sociais e políticas que existiam em dado momento, assim como os interesses econômicos envolvidos.

A discussão sobre um mito torna uma aula de história significativa, pois implica reflexão e não apenas fazer uma lista de grandes realizações de um “grande homem”. Os alunos se envolvem com uma discussão sobre a “importância de Napoleão” e apenas decoram uma aula com as “realizações de Napoleão”.

A matéria da revista Veja sobre Che Guevara é uma das peças mais retrógradas que podemos ver na imprensa nos últimos tempos, não pela opinião dos autores sobre o comunismo ou sobre Che, os medíocres autores podem ter a opinião que quiserem sobre qualquer coisa, mas daí a achar que todos os brasileiros devem ter a mesma opinião...

Nesta semana ouvi.. “todos sabem que Veja é uma revista fascista...”.
Não, as pessoas em geral não sabem.
Não sabem, e muitos acreditam nas “informações produzidas” pela revista.

A revista conseguiu – mais uma vez – dar uma lição de péssimo jornalismo, com a falta de ética básica para uma reportagem e contribuiu para reforçar os problemas do ensino da história no país.
Será que “liberdade de imprensa” significa: “eu tenho o direito de escrever qualquer coisa, sobre qualquer assunto” ???

Afinal, um mito se descontrói com análise e reflexão, coisa que os jornalistas da Veja não tiveram capacidade de fazer.
Para os críticos da revista, nenhuma novidade; para seus leitores assíduos e defensores intransigentes, um atestado de alienação, pois passaram a semana vomitando os argumentos lidos, sem a capacidade crítica de pensarem por si só.

Não é de hoje que parcela significativa da “grande imprensa” (sic) aposta da despolitização e na alienação de amplos setores da sociedade. Porque uma revista deveria contribuir para o povo refletir?, Não, é mais interessante contar a verdade pronta, para que as pessoas apenas repitam.
Ao voltarmos para as salas de aula, podemos resgatar com nossos alunos o papel do jornal O Estado de S Paulo na República Velha, ou da Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda para a crise do populismo e ainda sua importância para o golpe militar de 64
(Do sitio historianet.com.br)

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Criança. Prioridade

Nesta 6a. feira(29/julho), acontece a IV Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Paranavaí, na sede da Associação das Senhoras de Rotarianos. Evento de dia inteiro, com palestras e debates sobre o atendimento à criança. Desde a criação do Estatuto dos Direitos da Criança e do Adolescente, há 17 anos, ocorreram outras 3 dessas conferências, sendo esta a segunda dentro da gestão do Prefeito Maurício Yamakawa. Essas conferências são instrumentos importantes para que uma cidade debata suas ações e seus desafios na garantia dos direitos dessa parcela da população.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Universidade Tecnológica Federal avança

Num feito que pode marcar a história desenvolvimentista de Paranavaí de maneira indelével, vai ganhando forma a implantação da Universidade Tecnólogica Federal do Paraná na cidade. Em vez de conversa, o prefeito Maurício Yamakawa apresenta 2 imóveis com mais de 50 mil metros quadrados cada um para ser escolhido um deles para a implantação da instituição. O empresário João Roberto Viotto (ACIAP/Grupo Jorrovi) destina recursos para aquisição dos equipamentos de informática e veículo 0 km para apoiar a referida implantação. Uma notícia notável, para a Paranavaí de hoje e do futuro próximo.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Programa Bolsa Família. Instrumento de inclusão

O Programa Bolsa Família executado pelo governo federal em parceria com cada prefeitura, é importante fator de inclusão social e em cada cidade vem representando uma sensível melhora na situação das populações pobres e muito pobres. Alerta: é preciso denunciar junto as instâncias de controle social instaladas junto aos setores de assistência social de cada Prefeitura, famílias que sem escrúpulos estão falseando dados para se apropriar de valores através de seus cadastramentos indevidos. Muitas famílias realmente pobres acham-se em lista de espera para passar a receber o benefício desse programa, enquanto algumas ilegalmente cadastradas se beneficiam.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Não existem coisas boas acontecendo?

Todos os dias, na nossa casa, no nosso trabalho, na nossa cidade, no nosso país, ao fazermos um balanço diário vemos o que foi feito e constatamos que muita coisa boa foi realizada. Exemplos: um buraco foi tapado, uma nova empresa foi aberta, uma nova idéia foi apresentada, um golpe foi evitado, uma tentativa de furto foi frustrada, uma nova vaga de escola foi criada. É importante criticar o poder público que tem a responsabilidade de aplicar o dinheiro do nosso imposto, mas é importante fazer nossa parte: não jogar lixo em terrenos baldios, não colocar os pés sobre a poltrona da frente em casas de espetáculos. Pequenos nadas que fazem grande diferença.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Um ambiente menos poluído

Está surgindo em alguns supermercados a sacola oxibiodegradável, que se decompõe na natureza com 18 meses. As tradicionais sacolas de supermercados, "duram" sem se decompor, mais de 200 anos(alguns falam em 400 anos!), poluindo rios, mananciais, campos........ O que vc pensa a respeito?