sexta-feira, 7 de março de 2008

Lições de viagem. Primeiro mundo x terceiro

Alguém ja escreveu que uma viagem vale mais de mil horas em sala de aula. Não sei se isso é isso mesmo. Nesta viagem que faço aos Estados Unidos da América, tive a oportunidade de viajar pelas estradas estadunidenses. Pedagiadas ou não, parecem permanentemente cuidadas. Nas cidades que visitei, entre elas Boston e New Haven, sedes das famosas universidades de Harvard e Yale, respectivamente, com frio abaixo de zero, não vi motos ou bicicletas. Uma parente minha disse que no verão elas são em grande número. Acho que essas viagens devem ser para observarmos pontos positivos dos lugares visitados e para servir de referência para melhorarmos nosso país, nosso Estado, nossas cidades. Alguns pontos que demonstram educação e qualidade de vida: Lixo, hospitais, serviços públicos. Não há lixo nas ruas, eles são acondicionados em sacos plásticos e depositados em grandes recepientes, providenciados pela empresa de coleta e mantidos no interior do terreno. Visitamos o Yale-Children Hospital, que atende crianças. A não ser os equipamentos e os uniformes que lembram um local de terapia, ninguém amontado nos corredores. Os quartos individuais, com microcomputador, tv e outras comodidades. Durante minha estada em Danbury, estado de Connecticut, na chamada Nova Inglaterra, um garoto desapareceu num shopping, Imediatamente a polícia utilizou-se do serviço público de telefonia fixa para ligar para todos os telefones residenciais, por gravação, descrevendo o garoto. Fiquei me perguntando, porque esse serviço não é utilizado no Brasil em casos semelhantes. Caes e gatos, permanecem nas casas, há norma para passear; as casas não tem muros ou grades nas janelas. Claro que o consumismo estadunidense é responsável por poluição e aquecimento da camada de ozônio, mas trata-se de uma sociedade educada para ter qualidade de vida e que é capaz de responder a uma proposta de mudança de comportamento, em favor do seu bem estar. As colônias brasileiras nesses lugares estão em crescimento e não vejo ninguém desejando voltar para o Brasil ou para qualquer parte do mundo de onde possam ter vindo. Um país que respeita o indivíduo e seu direito a conquistar pelo trabalho seu estilo de vida . Minha impressão se reforça nessa viagem: nosso país tem potencialidade mas desperdiça oportunidades de ofertar ao brasileiro acesso a educação de qualidade, redentora, emancipadora, com chances de progredir e ter nas mãos escolha de seu destino.