sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Urbanismo caipira

A cidade de Paranavaí, por seus técnicos em urbanismo fazem-na uma cidade que peca nos detalhes. Vejamos.
Quebra-molas sim; sinalização não
Há muito tempo adota-se a colocação de quebra-molas para reduzir a velocidade. Não se recorre a placas de sinalização ou de sonorizadores, muito mais civilizados.

Calçadas impermeáveis x Calçadas ecológicas
Numa iniciativa louvável da Prefeitura em fazer calçadas em terrenos sem calçadas, em áreas residenciais, perde-se a oportunidade de fazer calçadas ecológicas, permeáveis às águas das chuvas.
Idem na iniciativa do setor de material de construção, incentivando calçadas impermeáveis.

A Câmara Municipal poderia copiar o que se faz em cidades mais modernas. Instituir lei tornando obrigatórias as calçadas ecológicas nas zonas residenciais e estipulando prazo para substituição das existentes que não atendam a norma.
Calçadas ecológicas tem a maior parte coberta de vegetação(grama e flores) e arborização e uma faixa para circulação de pessoas. Simples assim, captam as águas da chuva, evitam enxurradas, as inundações.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Reitoria. Temos chance (ainda?)

Nos últimos meses, Paranavaí se mobilizou para conquistar para a cidade a reitoria da Unespar. A reitoria empresta inegável importância à cidade e se constitui na sede da Universidade.
O 1o. round foi perdido. É preciso mobilizar para reverter o quer foi decidido pelo Conselho da Instituição, conforme texto abaixo

Reitoria da Unespar será em Curitiba.

O Conselho Universitário da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) definiu que a sede da instituição será em Curitiba. A decisão foi formalizada durante um encontro realizado na semana passada, na Faculdade de Artes do Paraná, em Pinhais. Durante a reunião, também foram empossados os conselheiros da nova universidade do Estado, formada por sete faculdades (incluindo a Fafipa)e a Academia Policial Militar do Guatupê.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

Walmor no ITV-PR

O ex-Deputado Walmor Trentini, foi escolhido e empossado neste sábado como Coordenador na região da AMUNPAR do Instituto Teotônio Vilela(ITV)

O Instituto Teotônio Vilela (ITV) é o órgão de estudos e formação política ligado ao PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira). Por lei, todos os partidos políticos são obrigados a manter uma entidade de natureza doutrinária, visando o aprimoramento de seu ideário. Fundado em 19 de setembro de 1995, com autonomia financeira e gerencial, o ITV se responsabiliza pelo aperfeiçoamento e pela divulgação da doutrina social-democrata no Brasil.


Cabe ao instituto promover estudos, seminários, palestras e debates sobre a realidade nacional, com objetivo de formular políticas públicas coerentes com o ideário da social-democracia: respeito aos princípios democráticos, responsabilidade fiscal e social, coerência e ética política. Publicações variadas compõem um acervo bibliográfico útil para acadêmicos, pesquisadores, cientistas sociais e estudantes. Revistas de divulgação contemplam o interesse de simpatizantes e militantes da social-democracia, fornecendo-lhes elementos básicos para o debate político e ideológico.


A ação do ITV se estende - a partir de sua sede, em Brasília - pelos 26 estados do país, cada qual com sua representação local. Nas eleições, tal rede de formação política dedica-se ao preparo e treinamento dos candidatos, especialmente nos pleitos municipais. Com goverantes exercendo poder local, estadual (caso do Paraná) e nacional, o ITV deve articular a coletividade para propor metas e avaliá-las. Norteado pelo Conselho Deliberativo, integrado por 28 intelectuais e políticos de expressão nacional, o ITV investe no fortalecimento do processo político brasileiro.

Nos próximos dias, Walmor Trentini estará traçando com lideranças e simpatizantes sociais-democratas, metas e propostas do Governo do Paraná para a região.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

E o Femup chegou!

Amanhã e depois, as principais noites do FEMUP, no Teatro Municipal Dr. Altino Afonso Costa, de Paranavaí.

Um dos maiores eventos de poesia e música do país surgiu em 1966 reunindo poesia, declamação e música. O festival engloba artistas do Brasil inteiro e ao longo de 40 anos tornou-se patrimônio cultural da cidade de Paranavaí.


Em 2011 o 46º FEMUP, tradicional e importante evento cultural, integra poesia, música e informação com atividades artísticas e culturais como debates, shows e apresentações dramáticas.

Paranavaiense de adoção ou nascimento não pode deixar de ver. Uma marca especial de Paranavaí nas artes.

Feriado & folga

As leis criando os feriados tinham por objetivo permitir que o público pudesse participar de festejos, comemorações, celebrações para marcar a data.

Mas a quem cabe a tarefa? Ao poder público, claro. E o que ele faz? Folga e nada acontece (com raras exceções).

Perde-se a história, a cultura, por preguiça. Pense nisso!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Que República!

É preciso ao menos um pouco de história, cultura, neste 15 de novembro. Se não, um simples feriado para jogar baralho....(O que aliás é muito bom para que gosta).
Boa leitura.

123 anos de República, mais vices que assumiram do que presidentes “eleitos”. Nenhum presidente estadista e dois estadistas que não foram presidentes.



A pedidos de grande número de comentaristas e leitores, estamos republicando artigos de Helio Fernandes, o grande mestre do jornalismo brasileiro, como o que segue abaixo, postado em 15 de novembro de 2009 aqui no Blog da Tribuna. Quem sabe se assim o Helio se anima e volta a escrever?


***


Helio Fernandes


Começando com o lugar comum: “Parece que foi ontem”. Na verdade, os 123 anos contados a partir daquela trágica madrugada, mas tudo teve inicio em 1860 quando foi lançado o jornal diário, “A República”. Em Itu, não a do ditador Getulio Vargas , mas do interior de São Paulo, que tinha então mais ou menos mil habitantes.


Exatamente a população do Serro, do grande Teófilo Ottoni, (“o senador do povo”) cujo jornal, “A Sentinela do Serro”, ganhara projeção nacional, precisamente pelo fato dele ser um dos “Propagandistas da República”, que com os Abolicionistas, movimentavam o país. Que geração aquela, que teve a impressão fugaz de que chegara ao Poder em 1889. Foram marginalizados e preteridos na mesma madrugada.


A República surgiu sem povo, na escuridão de uma madrugada cheia de contradição, com dois marechais obcecados pelo Poder, que ultrapassaram todos os civis. Aristides Lobo, já Ministro da Justiça, (não podem prescindir dos civis) deu entrevista ao “Jornal do Commercio”, então o maior jornal do país. Perguntado como o povo recebera a República, respondeu, foi a manchete do jornal do dia 18: “O povo não participou de nada. Soube de tudo, BESTIALIZADO”. Deliberadamente, o grande jornalista usou essa palavra, em vez de BESTIFICADO.


A Constituinte levou 100 dias, foi rápido. Marcaram a eleição para o dia 25 de fevereiro. Articularam a candidatura de Prudente de Moraes, presidente do Senado. Lúcido, esclarecido, bem-informado, recusou sempre, até com veemência: “A República não resiste à minha candidatura”. E não aceitou mesmo.


Deodoro foi candidato único. Votaram 242 parlamentares, Deodoro teve 152 votos, Prudente que não era candidato, recebeu 90. É lógico que se fosse candidato, venceria, mas ele sabia: não tomaria posse. O presidente “eleito” foi introduzido no plenário, algumas palmas, e marcaram a eleição do vice-presidente para 1 hora depois.


Candidato único: Almirante Wandenkolk, Ministro da Marinha do próprio Deodoro. Muitos parlamentares, decepcionados, foram embora. Votaram 181. O candidato único teve apenas 29 votos, o vencedor com 152 votos, foi o marechal Floriano Peixoto, “que não era candidato”. Levado ao plenário, foi consagrado, e mais importante: mantido como Ministro da Guerra, apesar do presidente Deodoro já ter se retirado.


O desacerto era visível, a República soçobrava, foi salva porque tiveram a intuição do perigo, e colocaram na Constituição a sua manutenção como cláusula pétrea. Mas de que adiantava essa República deprimida, desajustada, desviada dos seus verdadeiros objetivos?


Em 8 meses e 8 dias, ninguém governou. Deodoro era o presidente, mandava pouco, Floriano era o vice, tinha carisma, prepotência e força. No dia 3 de novembro de 1891, desesperado, desinformado e induzido por maus conselheiros, Deodoro resolveu jogar tudo para o alto. Fechou o Congresso, o Supremo, prendeu ministros, militares, juízes, acreditava que assim, governaria. Só que não pôde atingir, nem levemente, o homem que era a causa do seu desconforto, e da impossibilidade de governar: Floriano.


O vice-presidente-ministro-da-Guerra, não fez um movimento, não apareceu em lugar algum, não sofreu baixa no seu Poder, se divertia com isso. Deodoro surpreendentemente teve seu Poder diminuído.


E no dia 22 de novembro, recebeu um emissário do vice, simples e sumário: “Amanhã, o vice assumirá a presidência”. Então, engendraram, que palavra, a farsa da RENÚNCIA. Por que o mesmo homem que dera o golpe no dia 3 iria RENUNCIAR no dia 23? Desesperado, no dia 3 tentou assumir o Poder de fato. Não conseguiu, aceitou a DEMISSÃO, 20 dias depois.


Essa foi a República quase dois anos depois de IMPLANTADA e não PROMULGADA, ao contrário do que ensinam aos meninos de todas as gerações. E continuarão a ensinar, perdão, a enganar.


Essa é a República que completa 123 anos. Quase ignorada, desprestigiada, desorientada, muitas vezes interrompida, mas com o sonho do Poder ininterrupto. Com duas ditaduras cruéis e violentas, e quase com o mesmo número de presidentes eleitos (?) e de vices que assumiram.


***
PS- Nesses 123 anos, nenhum presidente estadista. Apesar de estadistas que não foram presidente, como Rui Barbosa e Osvaldo Aranha.


PS2- O que na verdade não é o pior dos nossos males. Os EUA, completando 223 anos de República, têm apenas 4 presidentes estadistas. Nenhum golpe a não ser de bastidores, mas contraíram o hábito do assassinato. Mataram vários presidentes, e depois passaram a se antecipar, assassinaram até cidadãos que poderiam chegar à Presidência.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Monumento ao desperdício

Me incomodou profundamente ver o estado lastimável de deterioração do Monumento à Bíblia, praticamente desde sua construção.
Ideia do vereador Joaquim Aurélio da Conceição, transformada em lei. Ótima intenção.
Dai em diante, uma sucessão de equívocos por parte da Prefeitura de outrora. Aproveitando um lugar qualquer na praça dos Pioneiros. Economia de material(qual o custo dessa "obra"?), feito as pressas.
Deu no que deu.
Veja as imagens nas fotos abaixo, tiradas há meses. Não houve vandalismo, pois pois. O que houve foi erro na concepção, construção. Nenhuma preocupação para permitir que a legião de homens, mulheres e famílias que tem no livro sagrado cristão sua lei, um lugar sereno, acolhedor, apropriado.
Na semana passada, texto no DN sugerindo vandalismo nesse local. Não houve, como expusemos acima.
Importante que a atual administração consulte um local adequado, reconstrua o monumento.